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Tédio!!

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      Um dos diálogos mais interessantes da Música Popular Brasileira se dá entre a canção Tédio , da banda carioca  Biquíni Cavadão , e o magistralmente esculachado funk de Mc Catra, Vai rolar um adultério . Biquíni Cavadão Mc Catra        O tédio, sensação difusa experimentada com mais ou menos frequência por diferentes seres humanos, é cantada em uns versos bem interessantes e um ritmo dançante, coisa típica da música dos anos 1980, que dizia coisas sérias enquanto botava todo mundo pra dançar.       O enfado de permanecer trancado em um apartamento, sem nada para fazer e sem muito propósito parece um drama recorrente na vida de quem já teve as necessidades básicas supridas por certa medida de abastamento.      Por outro lado, Mc Catra, trocando a palavra “monotonia” da canção original por “orgia”, sugere que o vazio das horas talvez tenha lhe despertado um desejo de cometer um pecado, no caso, um adultério.      Entre ficar sério e atirar-se do prédio, como sugere tragicamente a

Pesca Fantasma

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Olá, pessoal! Hoje vamos contar um pouco sobre a pesca fantasma . Não, não estamos falando de seres mitológicos que habitam o fundo do oceano, e sim de petrechos de pesca ( redes, linhas, anzóis, armadilhas ou qualquer acessório de pesca) que, quando inutilizados, vão parar no oceano, gerando um imenso impacto para a fauna marinha e contribuindo com a poluição dos oceanos. E como vão pra lá? Geralmente, por acidente. Imaginem um barco de pesca com a rede presa: é óbvio que os pescadores vão tentar liberá-la, afinal, perder equipamento é p erder dinheiro . Só que, na tentativa de resgate, ela se rasga e eles não a recuperam. Adivinhem aonde ela vai parar? Isso mesmo, no fundo do oceano. E isso vale pros outros petrechos, e é aí que começa o problema. A pesca fantasma é ruim para a própria pesca, pois mata animais que poderiam ser comercializados . Precisamos entender que, na maioria dos casos, isso é considerado um acidente de trabalho que prejudica a todos. Mas existem exceções: a p

A psicose do Valdir

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  Meu sonho era ser intelectual .  Sim, desses tipos que usam óculos, terninho xadrez e fumam charuto enquanto pensam, sentados em uma poltrona de couro. Fantasia besta de quem achava que podia, através da personalidade e de umas três ou quatro frases bem colocadas, convencer as pessoas de que era minimamente inteligente.  Não consegui alcançar meu sonho: apenas enchi minha cabeça com livros que só me trouxeram dúvidas e me convenceram que eu nunca chegaria lá. Enfim...Mas nem tudo é só lamento. Durante uma pós-graduação que fiz meio pra encontrar algum alinhamento entre meus pensamentos, corpo (meus chacras, talvez) e meus sentimentos (desaconselho fortemente buscar algum sentido na vida nos estudos!), fiz algumas leituras interessantes, entre elas, o livro de um dos gurus dos intelectuais wannabe, Umberto Eco (ótimo pra citações em conversas), Apocalípticos e integrados . Como intelectual meia-boca que sou, não li o livro inteiro e tenho lá minhas dúvidas se realmente entendi o que

05 de Dezembro - Dia Internacional do Voluntário.

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Numa tarde de sábado: faz 32°C (a temperatura perfeita para muitos; para outros, nem tanto) e, na ausência de um ar-condicionado — luxo indispensável em tempos de planeta mais quente —, seu ventilador, embora esforçado, já apresenta alguns sinais de cansaço.    Não há muito o que fazer, o calor é forte, o sol atravessa a cortina e faz reflexo na tela do notebook onde você tenta, sem sucesso, achar alguma série ou filme que preste pra assistir no streaming. A derrota só não é completa porque ainda resta um recurso, que obviamente é tomar uma cerveja.  Você abre a geladeira e ela tá cheia que dá gosto: cheia de coisas saudáveis que o seu “eu-fitness-não-vou-mais-beber” decidiu comprar na feira depois de ter saído da academia; cerveja que é bom, nada. O jeito é sair e subir até a adega da rua de cima da sua casa, onde os proativos meninos da geração Y, X, Z ou sei lá qual atendem sempre com aquele penteado na grife, cortinho de gilete na sobrancelha e fumando um narguilé que tem cheiro de

Malungo indica: "Tempo Quente"

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Depois que os podcasts entraram na minha vida, passei a devorá-los, maratonar aos montes, de todos os assuntos: quanto mais, melhor!  Seja de política, fofoca, meio ambiente, história, crimes reais, conservação, quadrinhos, feminismo, física (até teorias da conspiração, rs), tendo uma boa apresentação, uma voz gostosa do outro lado, lá estou eu ouvindo. Como muitos aqui sabem, sou bióloga, educadora ambiental, e sempre estou neste blog escrevendo principalmente sobre sustentabilidade e meio ambiente . Giovana Girardi (Twitter) Recentemente conheci o “Tempo Quente” , um podcast da Rádio Novelo. Logo de cara, vem a voz da incrível Giovana Girardi, jornalista cujo foco é a cobertura de meio ambiente e ciência desde 2002. Ela fala de uma maneira simples, usa uma linguagem fácil e acessível. E sobre o que é esse podcast? Bom, acho que todos aqui sabem que o Brasil é uma potência mundial quando o assunto é meio ambiente, ou pelo menos tinha tudo pra ser.  Mas o que está acontecendo?? Por qu