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Mostrando postagens de setembro, 2022

Malungo indica: "Tempo Quente"

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Depois que os podcasts entraram na minha vida, passei a devorá-los, maratonar aos montes, de todos os assuntos: quanto mais, melhor!  Seja de política, fofoca, meio ambiente, história, crimes reais, conservação, quadrinhos, feminismo, física (até teorias da conspiração, rs), tendo uma boa apresentação, uma voz gostosa do outro lado, lá estou eu ouvindo. Como muitos aqui sabem, sou bióloga, educadora ambiental, e sempre estou neste blog escrevendo principalmente sobre sustentabilidade e meio ambiente . Giovana Girardi (Twitter) Recentemente conheci o “Tempo Quente” , um podcast da Rádio Novelo. Logo de cara, vem a voz da incrível Giovana Girardi, jornalista cujo foco é a cobertura de meio ambiente e ciência desde 2002. Ela fala de uma maneira simples, usa uma linguagem fácil e acessível. E sobre o que é esse podcast? Bom, acho que todos aqui sabem que o Brasil é uma potência mundial quando o assunto é meio ambiente, ou pelo menos tinha tudo pra ser.  Mas o que está acontecendo?? Por qu

Dona Jaci, alguém viu?

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  Foi um sábado ensolarado com muita cerveja e em companhia de alguns bons amigos. Posso resumir assim a história da última vez que pisei num bar. Lembro de ter visto algumas pessoas de máscara no caminho de volta, no metrô, mas não tinha ideia do que estava por vir. Na segunda-feira que sucedeu o agora memorável sábado no bar, foi decretado que estaríamos em quarentena até sabe Deus lá quando. O período mais incerto que nossa geração já enfrentou perdura agora por mais de um ano e não há sinal de dias melhores à frente. Quando haverá vacinas para todos? Quando nossa economia vai se recuperar? Como evitar e combater as notícias falsas? Como não surtar com as pessoas que pouco se importam com as medidas sanitárias e sequer acreditam na pandemia? E, mais importante, qual será o paradeiro de Dona Jaci? Perguntas essas ainda sem resposta... Se você está se perguntando quem é Dona Jaci, confesso que essa é uma preocupação muito pessoal minha, mas que gostaria de dividir com vocês, se não fo

Dia do Artesão

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  “Se tudo der errado, largo tudo e vou vender miçanga na praia...” Você já deve ter ouvido uma amiga ou amigo seu soltando essa frase em alguma conversa descontraída sobre carreira, né? Nela, existem duas ideias que, embora não pareçam, são contraditórias. A primeira é a de que a vida vendendo artesanato na praia é idílica e sem preocupações e portanto deveria ser almejada e valorizada; a segunda, de que a carreira como artesão ou artesã só seria uma opção viável quando tudo mais desse errado. Como algo pode ser valorizado e desvalorizado ao mesmo tempo, na mesma ideia? É, meus amigos, o senso comum em nossa sociedade é uma coisa bem estranha... Bom, já que aqui, na Malungo Art, nosso trabalho é artesanal, nada melhor que aproveitar o 19 de março, dia dos artesãos e artesãs, pra trocar algumas ideias sobre o que realmente significa a carreira no artesanato. A celebração nesse dia está associada com umas pessoas de quem vocês já devem ter ouvido falar, um tal de Jesus e seu pai carpint

Parque só no nome

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Jardim Colonial, Parque Santa Magdalena, Capão Redondo, Chácara Santo Antônio, Vila das Belezas... já reparou quantos bairros ou territórios de metrópoles têm nomes que remetem a áreas verdes, ajardinadas ou de beleza natural? Os exemplos são variados, a lista só vai aumentando. Jardins e parques quase sempre despertam um sentimento de bem-estar nas pessoas, evocado pelo contato com o verde que viceja e revigora o espírito e nos lembra que, embora muitas vezes brutal, a Natureza também pode ser amena e gentil, quando harmonizada à capacidade humana de transformação. Voltando aos bairros da nossa cidade — no caso, São Paulo, embora isso seja verdade em outras metrópoles brasileiras, qualquer habitante dessas regiões pode constatar no cotidiano que elas guardam pouca ou nenhuma semelhança com os parques e jardins que carregam em seus nomes. Ruas sem uma árvore sequer, plantas minguando em canteiros espremidos entre avenidas escaldantes e pequenas mudas estranguladas por espécies invasora

Moda x Sustentabilidade

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  Olá pessoal, já pararam para pensar o que acontece com aquela roupa que fica parada na arara de uma loja por meses? Será que rola um super descontão? Será que essas roupas são doadas? Vão para um outlet?  Nem sempre é isso o que acontece, e hoje vamos falar sobre o mundo da moda e poluição ambiental. O mercado têxtil é um caso de sucesso econômico nos últimos anos, tendo crescido em torno de 5,5% a cada ano. São 2,4 trilhões de dólares anuais movimentados no mundo, o que colocaria a  indústria da moda  como a 7ª maior economia do planeta, caso fosse um país. Tanto lucro, consequentemente, vem acompanhado por um grande desperdício de tecidos e altas emissões de carbono. O equivalente a  1 caminhão de lixo têxtil (sobras de tecidos) é desperdiçado por segundo no mundo, sendo queimado ou descartado em aterros sanitários. Mesmo com processos de modelagem inteligente, uma grande quantidade de matéria prima é descartada diariamente, cerca de 20% a 30% de tecido no processo de corte de uma